Colopexia para correção de Prolapso Retal

Olá pessoal, muitas vezes na veterinária encontramos desafios não relacionados há técnica ou clinica e sim ao paciente como no caso de hoje o tamanho do nosso paciente. Paciente felino de 60 dias pesando 840 gramas, tinha histórico de prolapso retal pela 3º vez que acontece quando a mucosa interna do intestino e exposta para fora por algum motivo.

Nesta foto o paciente jé se encontra anestesiado e com parte da monitoração anestésica, ainda em realização a limpeza e preparação para o procedimento.

Em casos de prolapso sempre levamos em consideração a viabilidade do tecido exposto, sendo algumas vezes necessário a realização da amputação do tecido necrosado. No caso desse paciente em especifico a mucosa se encontrava em perfeito estado sendo possível fazer o reposicionamento.

Nesse caso em especifico por ser a terceira vez que acontecia e outras medidas de fixação do reto foram insuficientes, optamos então pela Colopexia, que é a fixação do colón a musculatura da parede abdominal impedindo assim que o reto seja exposto novamente.

A Colopexia por si só é um procedimento relativamente simples, no entanto nesse caso em especifico o tamanho do paciente se tornou um grande desafio pois os materiais de uso geral que utilizamos se mostrava muito grandes e podendo causa lesões aos tecidos.

Utilizamos materiais de uso geral e pinças de microcirurgia, e o cuidado com a manipulação dos tecidos foi ainda mais maior do que o de costume.

Após 2 horas de cirurgia devido ao extremo cuidado e dificuldade pela falta de tamanho do animal o procedimento foi completo e com extremo sucesso sendo o paciente recuperado da anestesia em menos de 1 hora após o fim do procedimento.

Imagem mostra tamanho da incisão cirúrgica após o procedimento terminado.

24 horas após o procedimento o paciente foi liberado com dieta especifica e medicação para dor e antibióticos. Paciente já se alimentava e defecava normalmente. No retorno após 7 dias o paciente já havia completado a cicatrização da ferida cirúrgica o que foi facilitado devido a espécie e idade do animal e segue até hoje após 1 ano da cirurgia sem recidivas e vivendo normalmente.